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domingo, 22 de junho de 2008

Fim da Picada

De onde será que surgiu essa expressão? Dizem que é porque “picada”, antigamente, era uma faixa de terra - um caminho - limpa, ficando entre o que está com mato e o que já foi roçado. O “fim da picada” seria então o fim de um caminho seguro, em que não há obstáculos. Mas vamos dialogar um pouco com essa frase

Vamos supor que uma pessoa assista ao filme “Fim dos Tempos” e no outro dia sai a aventurar-se na mata, é claro que impressionado... porque segundo o filme as plantas podem liberar toxinas que “desligam” o senso de sobrevivência do ser humano..., então depara-se com uma cobra peçonhenta. Ela o morde.

Aqui fazemos uma aproximação entre picada e mordida, isso por causa de que muitas pessoas ainda falam que cobra pica, e isso já até apareceu em prova do Enem dizendo que cobras picam, porém, nem vamos discutir as façanhas da educação brasileira. Enfim, a pessoa se dá conta de que foi “picado” depois que isso acontece. A dor vem, a luz não chega aos seus olhos e o desespero também dá sua contribuição

Nesse momento assim como eu estava quando terminou o filme, o nosso amigo não sabe o que fazer e pergunta-se: “o que diabos eu vim fazer aqui?”. Para o nosso amigo os caminhos semânticos da expressão “fim da picada” se cruzam entre a “picada” e o fim do caminho.

Minha situação foi a mesma, sala fechada, luzes apagadas e o inquietante desejo de ir embora, diante do filme com um enredo de teorias de conspiração que sondam os norte-americanos e cenas de violência que não passam de apelativas, a fim de tentar chamar a atenção...

Enfim, assim como o aventureiro o fim do filme foi o pior de tudo, além de sair indignado com o desperdício de dinheiro me senti com a inteligência subestimada. Esse foi o fim do meu caminho me dando uma visão digna de Nostradamus: Fim dos Tempos é o fim da picada.

2 comentários:

Mateus Yuri disse...

é, signor Lázaro...

o Shyamalan anda numa fase ruinzinha. "A dama da água" já não foi grande coisa...

aproveitando pra comentar 2 posts num só: por mais que minha mãe tentasse, nunca conseguiu me enganar. sempre haverá quartos piores...

Renan Biazotti disse...

Poético como só a bixa do Juliano poderia fazer!

Digno de um Senhor Magnus Augustus Julianus!

Boa, cara!